sexta-feira, 25 de junho de 2010

Escritos guardados...

Para um glorioso infame
(Maurício Ari Vieira)

É desconfortável quando ninguém lhe entende...
Principalmente quando o esforço deveria ser notado (em sua opinião).
Pior é ter que tentar se enganar pra seguir em frente.
Porém, as marcas não ficam só no passado
E nem sobram apenas recordações, pois
Não existem restos.
Os momentos são sempre inteiros.
Um dia pode ser cheio de decepções e protestos,
Outro pode ser intenso de alegria, mas
Jamais deixarão de serem dias,
Mesmo passados, vividos, glorificados ou não...
A medida do pecado é o tamanho do perdão.
É como um ciclo vicioso de controle involuntário
Impossível satisfazer-se com algo sem conhecer o seu contrário.
Somente pela usura,
Para assim classificá-lo.
A ganância é algo sem valor
Que desvirtua as atitudes simples transformando-as em inúteis:
Um sorriso verdadeiro e um abraço apertado não passam de coisas fúteis...

Por que tudo tem seu preço?

É tão vazio quando se doa à outra pessoa a fim de criar vínculos afetivos
E às vezes parece falso ter amigos,
Por não sentir o mesmo retorno...
É tão incerto...
Mesmo com tantas explicações,
É tão complexo...
Como sentidos e razões.
Enquanto isso a dúvida ainda sufoca:
“Será que sou o melhor pra você...
Ou será que deveríamos ser o melhor para nós?”
Muitos questionamentos utilizam o silêncio como resposta,
Mesmo assim há muito a dizer...

Por que o vício em querer saber o que o outro sente por nós?

Amor próprio é uma aversão ao ódio coletivo...
Para quem vive na solidão,
É fácil enganar-se contemplando a si mesmo em frente a um espelho,
Construir castelos de pensamentos positivos.
Até perceber que a realidade não é um momento de ilusão
E logo desmoroná-los (castelos) através dos sonhos dissolvidos.

Por que sentimos falta de alguém se temos a nós mesmos?

Lembro daquele dia em que sorri porque não tinha tantas dúvidas.

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