Palavras escritas, palavras apagadas. Confecção de sentidos, lógicas e ilusões. Fundamentos dispersos, claros, complexos. Nem sempre o luar se resume a calmaria. Enquanto uns dormem, outros permanecem aqui sofrendo, vivendo, morrendo, sorrindo. Tanto faz o que há de vir, não é você quem vai escolher. Como se fosse uma peça com movimentos próprios, as variáveis se multiplicam e é impossível controlá-las.
Cedo demais, tarde demais... Duas visões relativas aos olhos de quem vê, duas vidas aos corpos de quem se vive. Enquanto isso a hora passa, os olhos insistem em cair, a visão embaça e fica turva. Mesmo assim, não se há paz. A música se repete na consciência, suas mãos não são capazes de arrancar o que lhe faz sangrar. Só lhe resta esperar o que o sol seque o que se derrama em seus olhos.
Um personagem, uma noite, uma insônia. Um desejo de sorrir, um coração partido, uma luta que lhe parece impossível. Busca nos outros a tal fantasia que lhe é fornecida de que os outros são sempre felizes. Até ficar novamente num quarto escuro, com o frio predominando o seu corpo. Então torna-se visível a fusão entre o que se quer e o inexistente. Dúvidas que sufocam, vida que suplica por clemência... Enquanto os outros dormem.
sábado, 30 de outubro de 2010
Palavras soltas, sentidos paralelos
E então a culpa é do acaso. O acaso que não existe, o acaso que sua mente cria, o acaso que não vira acaso, o acaso do acaso. A ilusões são pequenas gotas que se fundem aos grandes mares do seu coração…
E quando chove, suas lágrimas são imperseptíveis aos olhos das nuvens que se desmancham antes da calmaria. A glória, a alforria, a libertação é o que você não me fornece, maldito vício. É incrível a sensação da sua presença. Meus olhos engrandecem, minha alma fica em festa… mesmo eu parecendo imóvel.
Talvez a cura do câncer que se instala em meu ser, seja o início dos pensamentos: Onde começam, onde desenrolam, onde terminam… Se ao menos soubesse as suas origens, saberia como evitá-los.
Queria lhe culpar pelo meu sofrimento, mas não foi você que me fez criar tudo isso, foi eu. A culpa é minha, sempre minha… e mesmo assim você me faz tão bem…
O dia termina, a noite termina, mas o que começamos não vai terminar enquanto eu estiver vivo.
E quando chove, suas lágrimas são imperseptíveis aos olhos das nuvens que se desmancham antes da calmaria. A glória, a alforria, a libertação é o que você não me fornece, maldito vício. É incrível a sensação da sua presença. Meus olhos engrandecem, minha alma fica em festa… mesmo eu parecendo imóvel.
Talvez a cura do câncer que se instala em meu ser, seja o início dos pensamentos: Onde começam, onde desenrolam, onde terminam… Se ao menos soubesse as suas origens, saberia como evitá-los.
Queria lhe culpar pelo meu sofrimento, mas não foi você que me fez criar tudo isso, foi eu. A culpa é minha, sempre minha… e mesmo assim você me faz tão bem…
O dia termina, a noite termina, mas o que começamos não vai terminar enquanto eu estiver vivo.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Secar
Já não sei se existem mais lágrimas. O rio parece já estar vazio. O coração ainda bombeia o sangue, mas a respiração inicia-se com pretensão de não mais terminar. É o fim de um ciclo. É o começo de um outro. É um começo quase que inevitável, embora eu não quisesse tê-lo e nem me esforçar para não tê-lo.
A canção ainda toca, os sentimentos não são os mesmos. Talvez os versos se embaralham todas as vezes que a ouço. Aonde vou, aonde irei, onde chegarei, eu não tenho o dom de saber. Não saber as vezes é melhor, pois a decepção pode ser precoce.
Uma conquista, uma meta, um sonho. Tudo se destrói quando o suspiro não é de felicidade. A visão se embaça, a noção da direção é perdida… Se é que havia-se uma direção. Secou-se o rio, evaporou-se os sonhos, perderam-se os sentidos.
Os dias são tão curtos quando se sorri… e quando não se pode sorrir, os dias são intermináveis.
A canção ainda toca, os sentimentos não são os mesmos. Talvez os versos se embaralham todas as vezes que a ouço. Aonde vou, aonde irei, onde chegarei, eu não tenho o dom de saber. Não saber as vezes é melhor, pois a decepção pode ser precoce.
Uma conquista, uma meta, um sonho. Tudo se destrói quando o suspiro não é de felicidade. A visão se embaça, a noção da direção é perdida… Se é que havia-se uma direção. Secou-se o rio, evaporou-se os sonhos, perderam-se os sentidos.
Os dias são tão curtos quando se sorri… e quando não se pode sorrir, os dias são intermináveis.
domingo, 17 de outubro de 2010
Viver não passa de uma ilusão
Talvez a unica diferença entre um clichê e a verdade é que um existe em apenas um mundo, o interior de quem o cria. Os momentos que se vivem nos dois lados, o que eu vejo e o que você não vê, no final não passam de ilusões. Afinal, o tempo que passa só sobrevive na mente de quem vive, assim como o clichê. A vida, por mais detalhes claros e obscuros que nos circulam, então seria um clichê? Como poderia se provar a alguém o que viveu e o que sentiu se, quando se der conta, nem todos os detalhes estão salvos na consciência? O dia que você passou, as dores que sentiu, o remédio que lhe curou, o vento que soprou seus cabelos, por mais que venha me contar com todos os detalhes possíveis, minha realidade será diferente da que sairá de sua boca.
As palavras que escrevi, as letras que enxerguei não passarão de um vago momento perdido no tempo. O passado é presente, pois sobrevive em mim. Todas aquelas feridas que tive, só deixarão de existir assim que perder os momentos guardados em mim.
No final, vivido ou não, tudo não se passa de um belo clichê. Quanto ao futuro, criam-se apenas ideais que se mudam constantemente, ilusões. O ontem é memória, nostalgia. Só o agora existe…
As palavras que escrevi, as letras que enxerguei não passarão de um vago momento perdido no tempo. O passado é presente, pois sobrevive em mim. Todas aquelas feridas que tive, só deixarão de existir assim que perder os momentos guardados em mim.
No final, vivido ou não, tudo não se passa de um belo clichê. Quanto ao futuro, criam-se apenas ideais que se mudam constantemente, ilusões. O ontem é memória, nostalgia. Só o agora existe…
Assinar:
Postagens (Atom)