Já não sei se existem mais lágrimas. O rio parece já estar vazio. O coração ainda bombeia o sangue, mas a respiração inicia-se com pretensão de não mais terminar. É o fim de um ciclo. É o começo de um outro. É um começo quase que inevitável, embora eu não quisesse tê-lo e nem me esforçar para não tê-lo.
A canção ainda toca, os sentimentos não são os mesmos. Talvez os versos se embaralham todas as vezes que a ouço. Aonde vou, aonde irei, onde chegarei, eu não tenho o dom de saber. Não saber as vezes é melhor, pois a decepção pode ser precoce.
Uma conquista, uma meta, um sonho. Tudo se destrói quando o suspiro não é de felicidade. A visão se embaça, a noção da direção é perdida… Se é que havia-se uma direção. Secou-se o rio, evaporou-se os sonhos, perderam-se os sentidos.
Os dias são tão curtos quando se sorri… e quando não se pode sorrir, os dias são intermináveis.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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