sábado, 13 de novembro de 2010

Dormência

As horas passam e os olhos pesam. Talvez a quietude seja a melhor teoria. Quando todos os sentidos tornam-se abstratos, os movimentos limitados e o pensamento se concentrando em coisas banais, aquelas mesmas coisas que lhe tornam um ser completo.

A poeira que o vento carrega suja o sangue que purifica todos os sentimentos vaiados pela insanidade de se obter apenas o que é real. Talvez a poesia seja totalmente compreendida quando o interior pensante está esgotado a ponto de não formular mais dúvidas que enfrentam a contradição de tais veias líricas.

A imagem que o espelho reflete não existe enquanto os olhos estiverem em outros pontos de vista. Assim como sua beleza que não há valor algum se eu, vagamente, desviar o foco.

Os faróis ainda estão acesos, mas, neste momento, recolho-me em direção contrária a luz que cega, castiga, mutila a visão e faz a alma clamar por… dormência.

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