sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Diálogo subconsciente

A: E agora?

B: Seria ótimo se você conseguisse por um momento esquecer de tudo.

A: Como se faz isso?

B: Anula algumas variáveis, enumera metas e siga em frente!

A: … mas e…

B: Deixe!

A: Como pos…

B: DEIXE!

A: Você sabe que não consigo!

B: A opção de sofrer é toda sua.

A: … mas eu não quero sof…

B: ENTÃO MUDE!

A: EU QUERO MUDAR! … mas não quero deixar certas coisas para trás…

B: Cai na real! O passado só está te matando!

A: Engano seu! É só por isso que estou vivo!

B: Rio agora ou depois?

A: O que foi?

B: Uma hora você cai na real…

A: Como assim?

B: Não digo que deves desistir de tudo, mas seguir um outro caminho. Talvez um dia dê pra você voltar…

A: Como farei isso se o que me fazia bem ainda vive em mim?

B: “Fazia bem”. Hoje só te condena a estagnação da dor presente em si.

A: Existem horas que eu quero morrer…

B: Não seja tolo, se você morrer eu também morrerei.

A: Então me ajude!

B: A todo momento eu prego pensamentos a você e você os tapa com fotografias de momentos vividos, deixando-me como se eu fosse algo ruim.

A: Eu sou um alguém ruim?

B: Você é o que de melhor se pode existir. O único problema é que quando você cai, quem aprende sou eu… por isso você insiste em se parecer despedaçado.

A: Então somos feitos um para o outro!

B: Exatamente, coração.

A: É… a prova de minha não desistência está em você, razão.

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